Depois da tempestade vem a bonanza entre a Pixar e a Disney

Parece que os ânimos estão se acalmando entre a Pixar e a Disney. Vou situar os leitores deste blog sobre a situação de uma forma bem resumida.

No começo de 2006 a Disney comprou a Pixar por aproximadamente 7,4 bilhões de dólares. Este acordo encerrou anos de desentimentos entre as duas empresas causados principalmente pela gestão do antigo chefão Michel Eisner.

Depois de fechado o acordo de venda as duas empresas passaram para o acordo de distribuição. No acordo antigo, que vigorou de 1995 a 2006, a Pixar dividia tudo o que produzia com a Disney : custos de produção, rendimentos de bilheterias e copyright do filme.

No acordo atual a Pixar custeia toda a produção dos desenhos e paga somente uma taxa de distribuição para a Disney. Com isso, fica não apenas com o grosso da arrecadação como também com 100% dos direitos. Coisa de quem estava por cima, bem por cima, na hora de negociar. É uma maneira inteligente da Pixar se manter independente tanto criativa quanto financeiramente dentro da Disney, a quem só restou dizer amém.

E acho que foi daê em diante que começaram as complicações entre as duas empresas. A Pixar faz exclusivamente filmes animado em 3d e a Disney além de fazer filmes animados também faz filmes live action (usando atores reais).

Por estes dias foi anunciado os novos projetos envolvendo as duas empresas e a Pixar confirmou que quer seguir os caminhos da Disney, produzindo filmes Live Action. Tudo indica que o primeiro filme produzido pela Pixar usando atores reais (mas tendo também muita animação computadorizada) será A Princesa de Marte, baseada na obra de Edgar Rice Burroughs e que irá iniciar a série cinematográfica John Carter Mars.

Enquanto isso, a Disney pretende ressucitar uma idéia antiga que era a de levar o musical da Broadway Aida (imagem a direita) para a telona. A empresa chegou até a desenvolver alguma coisa relacionado ao referido musical no final dos anos 90, mas o projeto foi cancelado.

Agora, com os recentes sucessos dos musicais a Disney espera que o antigo projetos decole. Eles já estão pensando em convencer a cantora Beyonce em aceitar o papel principal, tendo em vista sua perfonance e consequente sucesso no filme Dreamgirls: Em Busca de Um Sonho.

Espero que as duas empresas se acertem de vez. Uma (Pixar) tem tecnologia e inovação, e a outra (Disney) tem a tradição. Quem tem a ganhar com isso, além das próprias empresas, somos nós, cinéfilos de carteirinha.